Vouyerismo: explore seus desejos de forma saudável e consensual
Você já ouviu falar no voyeurismo? Originado no francês, o termo voyeur vem de “voir”, que significa “ver”, e, por isso, é um substantivo usado para descrever uma pessoa que sente prazer ao observar outros indivíduos envolvidos em atos sexuais e outras práticas íntimas.
Apesar de ser uma prática sexual que desperta curiosidade e interesse em muitas pessoas e de estar envolvida com as ramificações do universo do prazer e atração, ela ainda é um gerador de polêmicas. Isso acontece justamente pela ideia equivocada de que um voyeur pode ser visto como um perseguidor.
Mas, por que isso acontece exatamente? Infelizmente, nem sempre há o consentimento da pessoa observada, o que gera um debate em torno da privacidade de cada um.
Pensando nisso, preparamos este artigo para explorar esse tema e discutir os diferentes aspectos desse ato, desde sua definição até as questões éticas e legais envolvidas. Também daremos dicas para aproveitar e explorá-lo de forma saudável.
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O que é voyeurismo?
Do ponto de vista da psicanálise, o voyeurismo é considerado uma pulsão ativa com a finalidade de ver e ser visto, de forma que é possível afirmar que ele sofre com desejos exibicionistas inconscientes.
Dito isso, em termos leigos, a prática envolve o desejo de se envolver nos momentos íntimos e privados de outras pessoas, que geralmente estão diretamente associados à nudez e atos sexuais.
Há quem acredita que as motivações por trás do voyeurismo estão relacionadas a um senso de poder e controle, mas também há quem diz que ele está interligado à fascinação pelo comportamento humano e sexual.
Em entrevista ao Portal Uol, o terapeuta sexual, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex) e autor do livro “Parafilias – Das Perversões às Variações Sexuais, afirma que:
“Desde as primeiras pesquisas populacionais sobre comportamentos sexuais realizadas nos anos 1940 e 1950 pelo Instituto Kinsey, estudiosos concluíram que tanto o homem quanto a mulher são dotados de um componente que pode ser chamado de voyeur.”
Isso significa que todos, em algum momento da vida, podem se sentir excitados ao observar situações sexuais.
Apesar de tudo isso, o ato ainda é considerado um comportamento potencialmente controverso, especialmente quando viola a privacidade e o consentimento das pessoas que estão sendo observadas.
Sendo assim, compreender as complexidades e implicações éticas do voyeurismo é crucial para promover o respeito aos limites pessoais e os direitos de privacidade, ao mesmo tempo em que estimula interações saudáveis e consensuais entre as pessoas.
Confira: Qual a diferença entre fetiche e fantasia sexual?
O papel do consentimento no voyeurismo
Como você deve ter percebido, o consentimento é fundamental nesse contexto, uma vez que a prática, feita de maneira não consensual, viola a vida particular e os limites individuais das pessoas observadas.
Assim, respeitar o consentimento significa reconhecer o direito de cada indivíduo de ter controle sobre sua intimidade e decidir se desejam ou não ser observadas.
Sem falar que o consentimento informado e livre de pressão é essencial em qualquer interação e, no caso do voyeurismo, é ainda mais crucial para evitar danos emocionais e psicológicos aos envolvidos.
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O que diz a legislação brasileira sobre isso?
Embora a Constituição Federal, no tópico X, do Artigo 5, garanta a inviolabilidade da intimidade e da vida íntima, não há especificamente um tipo penal em que o ato se enquadre.
Salve os casos em que o voyeur faça vídeos ou fotos. Nessa circunstância, ele estará cometendo crime de exposição da intimidade sexual, previsto no Artigo 216-B, do Código Penal.
Ou seja, deu para entender que o consentimento é o melhor caminho, né?
Os diferentes contextos do voyeurismo: da vida cotidiana aos espaços virtuais
Assim como o universo do prazer é expandido, as suas ramificações também podem ser, e isso inclui o voyeurismo. Afinal, ele pode ocorrer em diferentes cenários, abrangendo desde a vida cotidiana até os espaços virtuais.
Mas, como? Na vida cotidiana, isso pode se manifestar em situações como observar pessoas por meio das janelas de suas casas ou em espaços públicos. Enquanto o avanço da tecnologia e o mundo digital permite que o voyeur tenha acesso às fotos e vídeos de outras pessoas.
No entanto, é importante destacar que é possível experienciar a prática de maneira saudável e ética. A seguir, veremos como é possível incorporar as fantasias voyeurísticas sem desrespeitar a liberdade e privacidade do outro.
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Fantasias voyeurísticas: dicas para uma prática saudável
Fantasias voyeurísticas nada mais são do que desejos sexuais com a ideia de observar outras pessoas em situações íntimas e sexuais. O ideal é que a primeira consideração seja a comunicação clara e honesta com os envolvidos, como seu parceiro ou as pessoas que você observa.
Compartilhar desejos e limites é essencial para garantir que todos estejam confortáveis e dispostos a explorar essa prática juntos. Afinal, o diálogo aberto ainda pode se desenrolar em acordos mútuos sobre como incorporar o desejo de forma segura e respeitosa.
A seguir, daremos algumas dicas para que você e seu (sua) acompanhante pratiquem “a observação” de forma saudável e, assim, apimentem a relação.
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Deem “shows” um para o outro
Uma opção é criar cenários com representações do voyeurismo durante o ato sexual, sem envolver pessoas reais que não deram consentimento. O uso de fantasias, da imaginação e até jogos de representação podem ser uma maneira emocionante de explorar esse desejo de maneira segura.
Para apimentar o momento a dois, finja que você não conhece seu (sua) parceiro (a). Isso vai contribuir para a prática do fetiche. O casal pode, por exemplo, combinar para um tirar a roupa em outro cômodo enquanto o outro observa por uma janela ou pela fechadura. Com certeza, isso vai fazer com que vocês sintam a emoção do voyeurismo.
Frequentem casas de swing juntos
Mas se vocês fazem parte daqueles que querem vivenciá-lo de maneira realista, é sempre possível abordar a participação em atividades consensuais em ambientes seguros, como clubes, festas de swingers ou shows de strip-tease.
Confira: Soft swing: o que é e como praticar
Você e o seu parceiro ainda podem ir juntos e desfrutar desse momento de prazer. O importante é lembrar que nem todos têm a mesma disposição para explorar essas fantasias, e tudo deve ser feito com respeito ao limite de cada indivíduo.
Se chegou até aqui, deve ter ficado claro que as fantasias voyeurísticas podem ser prazerosas e saudáveis quando vivenciadas com consentimento, confiança e respeito mútuo.
Afinal, o universo do prazer é expansivo demais para ficar apenas dentro de uma caixinha cheia de tabus e receios feita por uma sociedade conservadora. Cada indivíduo tem o direito às suas próprias fantasias e desejos.
Sendo assim, é fundamental criarmos uma cultura de respeito e compreensão, em que todos possam explorar sua sexualidade de forma saudável e consensual.