Rebuceteio: tudo o que você precisa saber
Você já ouviu falar na palavra “rebuceteio”? Esse termo nomeia um tipo de relação comum dentro da comunidade lésbica, mas pode ser de desconhecimento para muitas pessoas.
Por isso, no post de hoje, vamos explicar como ele funciona e como permite que novas relações aconteçam. A ideia é viver relacionamentos consensuais sem preocupações com ciúmes e climas desconfortáveis.
Primeiramente, o que é rebuceteio?
Antes de mais nada, precisamos entender o que essa palavra significa. Dessa forma, o “rebuceteio” é um termo utilizado no vocabulário da comunidade LGBTQIA+ para uma “cadeia de relações em que mulheres lésbicas ficam entre si“.
Ou seja, isso significa que, por exemplo, sua ex-ficante está ficando agora com a sua melhor amiga e tudo bem!
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Apesar de muita gente poder achar isso estranho – como é possível conviver com uma ex assim? -, essa prática, que também pode receber o nome de “rebaba”, é bastante comum entre mulheres homossexuais e até pessoas de outras sexualidades.
Obviamente, para viver uma relação como essa, é preciso ter maturidade. Dessa forma, é essencial manter amenidades com suas ex, afinal, vocês estarão nos mesmos eventos e se relacionando com as mesmas mulheres dentro do seu grupo de amigas.
É possível não sentir ciúmes nessa relação?
Quando estamos falando do fim de um relacionamento heterossexual, é comum que cada uma das partes vá para o seu próprio grupo de amigos. Isso porque, mesmo que queiramos quebrar com essas questões, ainda é mais habitual que mulheres tenham mais amigas mulheres e homens tenham mais amigos homens.
Assim, se você é uma mulher heterossexual, é fácil que uma de suas amigas te apresente para um amigo do namorado dela e tudo comece de novo, por exemplo.
Contudo, isso não se torna tão simples com relacionamentos homossexuais. Dessa forma, é muito comum que membros da comunidade LGBTQIA+ mantenham suas amizades e relacionamentos em uma mesma “bolha”. Até porque, infelizmente, ainda existe muito preconceito fora dela.
Consequentemente, os grupos são restritos, e conhecer pessoas novas pode ser mais difícil. Além disso, lugares para se encontrar e se divertir também são escassos, ainda mais em cidades menores.
Por isso, o rebuceteio é algo que possibilita a vivência de variados relacionamentos dentro da comunidade lésbica. Então, ter a maturidade e saber lidar com o ciúme precisa ser algo trabalhado.
É claro que nem sempre essa corrente de relações funciona de forma tão simples e idealizada. Se um relacionamento acaba em briga, ver sua amiga ficando com a sua ex pode causar um grande desconforto.
Portanto, é preciso aprender a lidar com términos e se soltar das noções padronizadas do que é um relacionamento e o seu fim.
Apenas lésbicas podem viver o rebuceteio?
A ideia principal que faz o rebuceteio funcionar é a de romper com as noções heteronormativas do que significa se relacionar amorosa e sexualmente com outras pessoas.
Ou seja, quebrar esses padrões e desconstruir esses tabus permite a vivência de experiências mais livres e construtivas. Dessa forma, algumas pessoas podem sentir dificuldade para compreender isso a princípio, mas respeitar é essencial para normalizar diferentes formas de relacionamento.
Apesar de ser uma prática comumente associada às lésbicas, isso não impede que pessoas de outras orientações sexuais vivam relações semelhantes – e até juntamente às mulheres homossexuais.
Por exemplo, uma mulher bissexual pode se relacionar com um homem bissexual e, após o término, ficar com a ex de sua amiga lésbica. Contudo, isso é bem menos comum, sendo uma prática mais usual para mulheres lésbicas.
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