Virgindade e sexo anal
Na jornada de entender e desmistificar tabus em torno da sexualidade, o conceito de virgindade é um dos tópicos mais carregados de mitos e mal-entendidos. Há muito tempo ligado à ideia do rompimento do hímen na primeira experiência sexual, pesquisas há mais de um século desvendam a verdade por trás desse conceito.
No universo feminino, exploraremos essa intrigante relação entre a virgindade e o sexo anal, rompendo barreiras para um entendimento mais profundo e empoderador sobre esse tema.
Os erros e mitos do conceito de virgindade
Em 2017, uma palestra TED resgatou uma discussão que entre os especialistas já é algo esclarecido, mas que ainda gera muitas dúvidas na sociedade: o mito da virgindade.
Realizada em Olso, na Noruega, pelas médicas e escritoras norueguesas Ellen Støkken Dahl e Nina Dølvik Brochmann, a apresentação teve como ponto alto uma encenação que buscou explicar para a audiência a falsa ideia de rompimento do hímen e a sua relação com o conceito de virgindade. Equipadas com um bambolê forrado com um fino filme de plástico transparente, uma das especialistas segurou o instrumento, enquanto a outra o rompeu com um golpe. A partir daí, deu início um debate fundamentado em evidências científicas sobre o tema.
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A principal informação trazida pelas especialistas é a de que, como reconhecido há mais de 100 anos, a relação sexual vaginal não provoca alterações no hímen. Sim, você não entendeu errado. Mas, calma, se você já ouviu por aí que a primeira relação causa sangramento e que o hímen se rompe, saiba que, provavelmente, você não está sozinha.
Na verdade, como esclarecido pelas médicas norueguesas, o hímen não é uma membrana delicada que cobre a entrada da vagina. Na verdade, trata-se de uma estrutura superelástica que tem a capacidade de acomodar o pênis sem sofrer alterações. Além disso, as carúnculas himenais, pedacinhos de carne que formam o hímen, estarão presentes por toda a vida da mulher. Ou seja, o hímen não é uma membrana fechada que se romperá e desaparecerá após a primeira penetração.
Vale pontuar também que, assim como o clitóris ou a vulva, a aparência do hímen varia de mulher para mulher. Sendo assim, não há nada em seu aspecto que indique a ocorrência de uma relação vaginal ou não.
Mas se não existe rompimento do hímen, por que o conceito de virgindade ainda é algo tão difundido?
Uma história mal contada
Já ouviu falar que uma mentira contada mil vezes torna-se verdade? Talvez essa seja a explicação para a difusão do falso conceito de virgindade. Não é que ele passou a ser verdade ao longo dos anos, mas sim que no decorrer da história, ele foi disseminado em muitas culturas, levando a mal entendidos.
Por isso, é importante pontuar mais uma vez que, como já esclarecemos, não ocorre o rompimento de uma membrana durante a primeira relação. Em linhas gerais, a virgindade não tem base científica, trata-se de uma construção social.
De acordo com historiadores, a ideia de virgindade surgiu no século 16. Entre os responsáveis por sua disseminação, está o anatomista Andreas Vesalius. Apesar de ter reconhecido em seu livro que nem todas as mulheres virgens tinham hímen, em um segundo momento, ele acrescentou que o hímen sem perfuração seria uma “comprovação” da virgindade. Isso bastou para que o hímen passasse a ter um significado simbólico e, mesmo com a evolução dos estudos de anatomia, perpetuasse ao longo de cinco séculos.
Assim como o falso rompimento do hímen, outro mito comum quando o assunto é virgindade é a presença de sangramento na primeira relação.
Mitos sobre virgindade
Sangramento
Em filmes e novelas é comum a cena que associa a virgindade ao sangramento e isso se deve a falsas ideias e mitos. Mulheres que tiveram a primeira relação e não sangraram talvez se sintam confusas com a situação. Por isso, é essencial esclarecer que não sangrar é totalmente normal.
Na verdade, de acordo com ginecologistas, a presença de sangue pode indicar que a pele interna da vagina foi lesionada e não que houve o rompimento do hímen. Além disso, o sangramento também tem relação com o grau de conhecimento sobre o próprio corpo.
Virgindade Define o Valor Pessoal
A sociedade frequentemente atribui um valor desproporcional à virgindade, associando-a à pureza e virtude. No entanto, como explicamos, a virgindade é uma construção social e não deve ser um medidor do valor pessoal de alguém. Cada indivíduo possui uma jornada única e a sexualidade é apenas uma parte dela.
Dor é Inevitável na Primeira Vez
Outro mito é que a primeira experiência sexual é sempre dolorosa. Embora o desconforto possa ocorrer devido à ansiedade ou falta de relaxamento, isso não é uma constante. Com comunicação e preparação adequadas, a experiência pode ser prazerosa e confortável.
Sexo anal preserva a virgindade
A relação entre virgindade e sexo anal é um tema que frequentemente suscita curiosidade, debates e, às vezes, equívocos. Em uma sociedade onde o conceito de virgindade é historicamente ligado à penetração vaginal, a discussão em torno do sexo anal muitas vezes levanta questões intrigantes sobre crenças culturais, práticas sexuais e a evolução das perspectivas modernas.
Segundo Luciane Cabral, nossa entrevistada do episódio #30 do PodSentar, podcast oficial da Miess, a virgindade é um termo consolidado pela religião. No entanto, é necessário entender esse conceito para trazer um outro olhar para essas meninas que optam por casar sem ter iniciado o toque. Veja mais sobre esse tema polêmico no corte “Sexo Anal e Virgindade” do episódio. Aproveite para se inscrever no canal e ficar por dentro dos principais assuntos relacionados à sexualidade.
É importante destacar que a virgindade é, em essência, uma construção social que tem variado ao longo do tempo e das culturas. A associação da virgindade exclusivamente à penetração vaginal é uma visão limitada que não considera a diversidade da experiência sexual humana.
Algumas pessoas podem sentir que o sexo anal não afeta sua virgindade, enquanto outras podem considerar qualquer forma de penetração sexual como uma transição importante.
De modo geral, é essencial promover discussões abertas e inclusivas sobre sexualidade, respeitando a diversidade de experiências e perspectivas. Ao desconstruir preconceitos e normas rígidas em torno da virgindade, podemos criar um espaço onde cada indivíduo se sinta empoderado para tomar decisões informadas e saudáveis sobre sua vida sexual.
Gostou? Leia também: Tabus do sexo anal.
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