O que causa coceira na vagina?
A coceira na região vaginal é um problema desconfortável e muitas vezes embaraçoso para muitas mulheres. Embora seja um sintoma comum, entender suas causas pode ajudar a buscar o tratamento adequado.
A coceira pode ser causada por uma série de fatores, desde infecções, condições dermatológicas e até mesmo alterações hormonais.
Confira neste post algumas das principais causas da coceira na vagina. É importante ressaltar que qualquer sintoma persistente deve ser avaliado por um profissional de saúde, pois somente um médico pode fornecer um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
O que pode causar coceira na vagina? Conheça as principais causas
Candidíase
A candidíase vaginal é uma infecção fúngica comum que pode causar coceira intensa e desconforto na região vaginal.
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Essa infecção é causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans, que normalmente está presente em pequenas quantidades na vagina.
No entanto, quando há um desequilíbrio na flora vaginal, o fungo se multiplica levando ao desenvolvimento da candidíase.
É importante ressaltar que a candidíase não é uma infecção sexualmente transmissível, porém uma das formas de transmissão é por meio de relações sexuais. Além disso, mulheres e homens desenvolvem a doença.
No caso das mulheres, a coceira vaginal é um dos sintomas mais característicos da candidíase. Ela pode ser acompanhada por outros sintomas, como corrimento branco parecido com nata de leite; ardência para urinar; e dor durante as relações sexuais.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Ibope, 52% das mulheres brasileiras já tiveram candidíase pelo menos uma vez na vida. Muito comum, a doença atinge 3 em cada 4 mulheres.
Diagnóstico da candidíase
O diagnóstico da candidíase vaginal geralmente é feito por um profissional de saúde, como um ginecologista. O médico realizará uma avaliação clínica e poderá solicitar alguns exames complementares para confirmar o diagnóstico.
Durante a consulta, ele fará perguntas sobre os sintomas que você está sentindo. Também será importante discutir seu histórico médico, incluindo episódios anteriores de candidíase ou outros problemas ginecológicos.
Para confirmar o diagnóstico de candidíase vaginal, o médico pode realizar um teste laboratorial. Os métodos de diagnóstico mais comuns incluem exame microscópico e cultura de secreção vaginal.
Tratamento
O tratamento da candidíase vaginal é geralmente eficaz e consiste no uso de medicamentos antifúngicos. O objetivo principal é eliminar o crescimento excessivo do fungo Candida albicans e aliviar os sintomas incômodos associados à infecção.
Os antifúngicos são administrados de diferentes formas, dependendo da gravidade da infecção e da preferência do médico. Os tratamentos mais comuns incluem:
- Antifúngicos tópicos: Esses medicamentos são aplicados diretamente na área afetada, na forma de cremes, pomadas ou supositórios vaginais. Eles geralmente são recomendados para casos de candidíase leve a moderada. É importante seguir as instruções médicas sobre a frequência e a duração do tratamento.
- Antifúngicos orais: Em casos mais graves de candidíase vaginal ou quando a infecção é recorrente, o médico pode prescrever medicamentos antifúngicos na forma de comprimidos orais. Esses medicamentos agem no organismo como um todo, combatendo o fungo de dentro para fora.
Prevenção
Mantenha uma boa higiene íntima:
Para evitar a candidíase, é importante ficar atenta a alguns pontos, como a necessidade de manter uma boa higiene íntima. Nesse sentido, lave a área genital diariamente com água morna e um sabonete próprio para a região. Lembre-se também de secar bem a área após o banho, pois a umidade excessiva favorece o crescimento do fungo.
Use roupas íntimas adequadas:
Opte por roupas íntimas de algodão, que permitem uma melhor ventilação na área genital. Evite roupas apertadas e tecidos sintéticos, que podem reter umidade e calor, proporcionando um ambiente propício para o crescimento do fungo. Não esqueça também de trocar as roupas íntimas diariamente e evitar o uso de calcinhas úmidas por longos períodos.
Mantenha uma alimentação saudável:
Outro ponto importante é em relação à alimentação. Isso porque uma dieta equilibrada e rica em nutrientes ajuda a fortalecer o sistema imunológico e reduz o risco de infecções.
Evite o consumo excessivo de açúcares refinados e carboidratos simples, pois eles podem alimentar o crescimento do fungo. Prefira uma alimentação balanceada, com frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis.
Tenha relações sexuais seguras:
O uso de preservativos durante as relações sexuais é indispensável para evitar a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis que contribuem para o desenvolvimento da candidíase. Aqui na Miess, você encontra preservativos de marcas seguras e renomadas no mercado. Além das opções tradicionais, temos também camisinhas funcionais, aromáticas e com sabor.
Vaginose bacteriana
Outra condição que causa coceira vaginal é a vaginose bacteriana. Ela ocorre devido a um desequilíbrio na flora bacteriana normalmente presente na vagina. Em condições saudáveis, a vagina abriga uma variedade de bactérias, incluindo as chamadas bactérias “boas” (lactobacilos) que mantêm um ambiente ácido e saudável.
Na vaginose bacteriana, ocorre um crescimento excessivo de bactérias nocivas, como Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis, Prevotella e outras. Esse desequilíbrio afeta o pH vaginal, que normalmente é ácido, tornando-o mais alcalino.
Diagnóstico
Assim como no caso da candidíase, o diagnóstico da vaginose bacteriana geralmente é feito com base nos sintomas relatados pela paciente, no exame clínico e em testes laboratoriais específicos.
Além disso, o médico pode realizar o teste de pH vaginal, que mede o nível de acidez do fluido vaginal. Na vaginose bacteriana, o pH vaginal tende a ser mais alcalino, acima de 4,5.
Tratamento
O tratamento da vaginose bacteriana envolve a administração de antibióticos para eliminar as bactérias nocivas que causam a infecção. O objetivo do tratamento é restaurar o equilíbrio saudável da flora vaginal e aliviar os sintomas associados.
Os antibióticos utilizados para tratar a vaginose bacteriana podem ser administrados por via oral ou tópica (cremes, géis ou supositórios vaginais). No entanto, é importante ressaltar que a administração do medicamento deve ser sempre indicada por um médico.
Prevenção
A prevenção da vaginose bacteriana envolve a adoção de medidas para manter um equilíbrio saudável da flora vaginal. Embora nem todas as causas da vaginose bacteriana sejam conhecidas, seguir essas práticas ajuda a reduzir o risco de desenvolver a infecção:
Evite roupas molhadas ou úmidas:
Troque imediatamente de roupa de banho molhada após nadar ou se exercitar. Isso porque a umidade prolongada na área genital favorece o crescimento bacteriano.
Durma sem calcinha
Dormir sem calcinha é uma prática benéfica, especialmente quando se trata de prevenir a vaginose bacteriana e a explicação é simples: o uso de roupas íntimas durante a noite restringe a ventilação e aumenta a umidade na região, criando um ambiente propício para o crescimento bacteriano.
Sendo assim, ao permitir a ventilação adequada, é possível reduzir a umidade e minimizar as chances de proliferação bacteriana.
Não faça duchas vaginais
É importante evitar a prática de ducha vaginal para prevenir a vaginose bacteriana e manter a saúde vaginal. A ducha vaginal envolve a introdução de água ou outras substâncias na vagina, e isso interfere no equilíbrio natural da flora vaginal.
Evite usar sabonetes comuns na região genital
Os sabonetes comuns são frequentemente formulados com produtos químicos agressivos e ingredientes alcalinos que interferem no pH natural da vagina. Além disso, eles podem causar irritação e sensibilidade. Por isso, médicos recomendam o uso de sabonetes formulados especificamente para a região íntima.
Além de infecções, quando o assunto é “o que causa coceira na vagina”, não podemos deixar de mencionar também a vulvite.
Vulvite
A vulvite é uma condição caracterizada pela inflamação da vulva, que é a área externa dos órgãos genitais femininos, incluindo os lábios vaginais, o clitóris e a abertura da uretra.
A exposição a produtos químicos irritantes, como sabonetes perfumados, cremes, loções, amaciante de roupa ou mesmo preservativos de látex, pode causar irritação na vulva e desencadear a coceira. Além disso, algumas mulheres têm alergia a certos produtos ou materiais, o que pode resultar em reações alérgicas e coceira na área genital.
Diagnóstico
Para diagnosticar irritações na vulva é necessário realizar um exame clínico. Durante o exame, o médico faz perguntas para a paciente para identificar se existem outros sintomas que podem indicar a presença de alguma infecção, como candidíase e vaginose bacteriana.
Após descartar infecções, o médico tenta identificar o agente causador da inflamação com o objetivo de diminuir os sintomas.
Tratamento
O tratamento varia de caso para caso. No entanto, é comum neste período a recomendação de evitar usar calcinha durante a noite, além de dar preferência para calcinhas de algodão, já que o tecido é capaz de absorver o suor.
Outra recomendação comum é usar sabão neutro para lavar as roupas íntimas e deixá-las secar naturalmente ao sol.
Estresse
Embora a coceira vaginal seja frequentemente associada a infecções, alergias ou condições dermatológicas, é importante reconhecer que o estresse também desempenha um papel na causa ou agravamento desse sintoma.
O estresse afeta o corpo de várias maneiras e, quando se trata da região vaginal, pode contribuir para a coceira de várias maneiras. Algumas explicações de como o estresse pode desencadear ou intensificar a coceira vaginal incluem:
Resposta imunológica comprometida:
O estresse crônico pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções fúngicas, bacterianas e virais. Quando o sistema imunológico está comprometido, a flora vaginal saudável pode ser perturbada, permitindo o crescimento excessivo de microrganismos que causam coceira e irritação.
Alterações hormonais:
Estar estressada pode afetar os níveis hormonais do corpo, incluindo aqueles relacionados ao ciclo menstrual. Flutuações hormonais podem levar a mudanças no equilíbrio da flora vaginal e à redução da lubrificação natural, o que pode causar ressecamento e coceira na região.
Aumento da sensibilidade:
O estresse pode aumentar a sensibilidade geral do corpo, incluindo a região vaginal. Isso pode fazer com que a pele seja mais propensa a reações alérgicas a produtos de higiene, tecidos, sabonetes ou outros irritantes, resultando em coceira.
Menopausa
Se você já fez uma rápida pesquisa sobre o que causa coceira na vagina, certamente deve ter se deparado com a menopausa.
A menopausa é uma fase natural da vida de uma mulher que marca o fim da menstruação e da função reprodutiva. Durante esse período de transição hormonal, muitas mulheres experimentam uma série de sintomas, incluindo alterações na saúde vaginal.
A coceira vaginal é um dos sintomas comuns associados à menopausa, e ocorre principalmente devido às alterações hormonais e à diminuição dos níveis de estrogênio.
É importante buscar orientação médica se você estiver enfrentando coceira vaginal durante a menopausa. O médico poderá fazer uma avaliação adequada e recomendar opções de tratamento, como reposição hormonal local ou sistêmica, lubrificantes vaginais, cremes hidratantes ou outras abordagens que ajudem a aliviar a coceira e restaurar o conforto na região vaginal.
Além disso, o médico poderá oferecer orientações sobre cuidados vaginais adequados e opções de estilo de vida que possam contribuir para a saúde geral da área genital durante a menopausa.
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