Falta de desejo feminino: o que pode ser?

É comum que em algum momento da vida o apetite sexual não esteja lá essas coisas. Porém, quando a situação começa a incomodar, é hora de descobrir seus motivos. No caso das mulheres, a falta de desejo feminino tem relação com diversos fatores.

Neste post, você vai conhecer os principais motivos que levam as mulheres a sentir uma diminuição no apetite sexual e o que fazer nesses casos.

Afinal, o que é libido?

Apesar de parecer algo de conhecimento geral, primeiramente, é importante esclarecer o que é libido.

A libido, termo originado do latim que significa “desejo” ou “anseio”, é um conceito fundamental na psicologia e na sexualidade humana. Refere-se à energia vital e pulsante relacionada ao instinto sexual, manifestando-se como o impulso ou apetite sexual de uma pessoa.

Essa força interior, proposta por Sigmund Freud em suas teorias psicanalíticas, é central para entender a motivação sexual. No entanto, é essencial ressaltar que a libido não se limita apenas ao desejo físico, mas abrange também aspectos emocionais e psicológicos da sexualidade. Dessa forma, é influenciada por uma interação complexa de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais.

A libido varia de pessoa para pessoa e pode ser afetada por diversos elementos, como hormônios, saúde mental, experiências passadas, relacionamentos e contextos culturais. Algumas pessoas têm uma libido mais intensa, enquanto outras experimentam flutuações naturais ao longo da vida.

É importante destacar também que a libido não é estática e sofre influência de vários fatores, como o estresse, a fadiga, problemas de saúde, medicamentos, entre outros. Além disso, ela evolui ao longo das diferentes fases da vida, respondendo às mudanças hormonais e às experiências pessoais.

Libido e mulheres

De acordo com uma estimativa feita por especialistas, quatro em cada 10 mulheres adultas são impactadas por falta ou dificuldades com desejo, orgasmo ou dor sexual de forma esporádica ou permanente.

No entanto, muitas delas nem ao menos sabem que têm um problema, suas causas e possíveis tratamentos. E isso pode estar relacionado ao medo e à culpa que a falta de libido pode proporcionar de perder seus parceiros, acarretado, principalmente, por questões culturais. Além disso, não é incomum que, em períodos de baixa libido, muitas mulheres façam sexo mesmo sem vontade, algo que, além de errado, pode agravar a situação.

Por isso, listamos abaixo os principais problemas relacionados à falta de desejo sexual feminino, lembrando sempre que apenas um médico especialista é capaz de realizar um diagnóstico.

Motivos para a falta de desejo feminino

Oscilações hormonais

As oscilações hormonais ao longo do ciclo menstrual, durante a gravidez, a amamentação e a transição para a menopausa podem influenciar significativamente a libido feminina.

Ciclo Menstrual:

Ao longo do ciclo menstrual, as flutuações hormonais, especialmente de estrogênio e progesterona, podem ter um impacto na libido. Algumas mulheres experimentam um aumento do desejo sexual durante a fase ovulatória, quando os níveis hormonais estão mais elevados, enquanto outras podem sentir uma diminuição na fase pré-menstrual.

Gravidez e Amamentação:

Durante a gravidez, as mudanças hormonais são marcantes. Embora algumas mulheres experimentem um aumento na libido devido ao aumento dos níveis hormonais, outras podem vivenciar uma diminuição devido a fatores físicos, emocionais ou simplesmente à fadiga. A amamentação também pode afetar os níveis hormonais, influenciando a libido em algumas mulheres.

Menopausa:

Outra causa comum para o baixo desejo sexual é a menopausa. Isso porque a transição para a menopausa, marcada pela diminuição dos níveis de estrogênio, muitas vezes está associada a mudanças na libido. A redução da produção hormonal pode resultar em secura vaginal, desconforto durante o sexo e alterações na resposta sexual.

Fatores psicológicos

Além de questões hormonais, fatores psicológicos também podem explicar a queda no desejo sexual:

Estresse e Ansiedade:

O estresse crônico e a ansiedade podem atuar como inibidores poderosos da libido. Quando a mente está sobrecarregada, é comum que o desejo sexual diminua. A resposta ao estresse pode afetar diretamente a produção de hormônios relacionados ao desejo.

Autoimagem e Confiança:

A forma como uma mulher se percebe fisicamente e emocionalmente influenciam significativamente seu apetite sexual. Questões de autoimagem negativa ou baixa autoconfiança podem criar barreiras para a expressão saudável da sexualidade.

História de Trauma:

Outra causa comum é a existência de traumas. Experiências traumáticas, especialmente aquelas relacionadas à sexualidade, podem deixar cicatrizes profundas na psique. Traumas não resolvidos podem gerar bloqueios emocionais que impactam a capacidade de se entregar ao prazer.

Depressão e Outros Distúrbios Mentais:

Distúrbios de saúde mental, como depressão, podem afetar a libido de maneira significativa. Mudanças nos padrões de sono, apetite e o impacto geral na disposição emocional influenciam a expressão do desejo sexual.

Comunicação e Relacionamento:

Sem dúvida, a qualidade da comunicação e do relacionamento desempenha um papel fundamental na disposição sexual feminina. Sentir-se conectada emocionalmente, compreendida e desejada pelo parceiro pode ser um fator determinante no desejo sexual.

Rotina e Tédio Sexual:

A monotonia na vida sexual, a falta de novidade e a ausência de variedade podem levar ao tédio sexual, impactando negativamente a libido. A novidade e a variedade são importantes para manter o interesse e a excitação. Nesse sentido, nada melhor do que inovar entre quatro paredes com o auxílio de sex toys, como vibradores.

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Expectativas Culturais e Sociais

Outra causa comum para o baixo apetite sexual são as expectativas culturais e sociais em torno do papel da mulher na sexualidade, que acabam criando pressões adicionais. Desse modo, a desconstrução dessas expectativas é essencial para permitir uma expressão sexual autêntica e saudável.

Divisão desigual de tarefas

A sobrecarga de responsabilidades, seja no âmbito profissional ou pessoal, pode resultar em fadiga extrema. A exaustão física e mental muitas vezes deixa pouco espaço para o desejo sexual, já que as energias são canalizadas para a simples sobrevivência.

Uso de medicamentos

O uso de medicamentos, muitas vezes essenciais para tratar condições médicas, é uma realidade para muitas mulheres. No entanto, é importante reconhecer que alguns medicamentos causam efeitos colaterais que se estendem para além da condição física, afetando também a esfera da libido e do desejo sexual. Esse é o caso, por exemplo, de certos contraceptivos hormonais, antidepressivos, antialérgicos, anti-hipertensivos, ansiolíticos, entre outros. Nesses casos, é essencial conversar com o seu médico.

O que fazer para manter uma libido saudável?

Para manter uma libido saudável, é primordial conhecer algumas estratégicas eficazes. Veja quais são elas:

Autoconhecimento:

Explorar o corpo é uma forma de autoconhecimento essencial. Aprender sobre as próprias zonas erógenas, preferências táteis e reações físicas contribui para uma experiência sexual mais satisfatória.

Além disso, o autoconhecimento envolve a identificação de gatilhos emocionais que podem afetar a libido. Entender como o estresse, a ansiedade ou outras emoções influenciam a disposição para o prazer é vital.

Por fim, a jornada de conhecer a si própria permite a exploração segura e consciente de novas experiências. Isso inclui a descoberta de fantasias, brinquedos sexuais e outras formas de expressão saudável da sexualidade.

Comunicação Aberta:

É essencial também manter uma comunicação aberta com o (a) seu (sua) parceiro (a). Falar sobre necessidades, desejos e preocupações cria um ambiente propício para o desenvolvimento da intimidade.

Auxílio Profissional:

Como já ressaltamos, para quem sofre com a falta de desejo feminino é primordial buscar auxílio profissional. E a explicação para isso é simples: consultar um terapeuta sexual ou psicólogo pode ser benéfico para explorar questões emocionais subjacentes e desenvolver estratégias para lidar com elas.

Cuidados com a Saúde Mental:

Não esqueça também de priorizar a sua saúde mental. Sendo assim, você pode, por exemplo, fazer terapia, meditação e atividades que promovam o bem-estar emocional.