O 69, a posição em que se dá e recebe sexo oral ao mesmo tempo, passa longe de ser uma unanimidade. Enquanto uns recusam, reclamando de desconforto ou falta de concentração, há quem peça, garantindo que a posição é superexcitante. Qual é a sua opinião quando o assunto é virar o prazer de cabeça pra baixo?
Não gostoNo fórum do Bolsa de Mulher, a posição sempre aparece – às vezes seguida de elogios, outras, de críticas como as da usuária Lua, que é do time das que não curtem o 69. “Além de achar uma posição super desconfortável, eu não consigo me concentrar direito para fazer sexo oral. Ou eu faço oral nele ou ele faz em mim”, diz ela, adepta do um-de-cada-vez.
A usuária Ju Rossi também não é fã da posição e prefere que cada um tenha o seu momento. “Acho difícil fazer bem feito e sentir ao mesmo tempo”, alega.
Gosto muito de sexo oral
A usuária da rede social do Bolsa de Mulher Betty Boop é daquelas que acham que entre quatro paredes vale tudo. “Se for confortável para os dois, pode rolar 69, 70, 80, 81…”, brinca, confessando que acha a prática “agradável”. “Afinal, você dá e recebe prazer ao mesmo tempo”, explica.
Falando em 70, 80 e 81, a usuária do Bolsa Rayka não deixa por menos. “O 69 é ótimo, principalmente quando ele aproveita a posição para lamber também o meu lado B“, diz.
O usuário Carag acha que o 69 é uma batalha sadia, em que um tenta fazer o outro gozar. “Minha namorada não consegue manter muito a atenção, mas o 69 é só pra dar mais apetite… Nem precisa gozar”, diz, ressaltando que, nessas horas, uma boa higiene é fundamental: “Se tiver com cheiro, aí realmente é desagradável”.
O sexólogo Helio Fellipe afirma que, em termos fisiológicos, o “
papai e mamãe” é a posição mais próxima do necessário para a consumação de uma relação sexual. No entanto, na hora h, cada pessoa precisa de um estímulo diferente. “A
sexualidade de cada indivíduo é um segredo. Tudo vai depender do envolvimento, da maneira como o sexo rola e da abordagem do fato”.
Hélio salienta que há pessoas que, por conta da má informação ou da criação que tiveram, acreditam que fazer determinadas coisas na cama é coisa de vadia. “Com certeza essas mulheres desconhecem o seu próprio corpo e suas necessidades. É preciso exercitar a sexualidade (não o sexo) e a desinibição. É necessário fazer um trabalho de sensibilização para que sintam o erótico (não a pornografia) dentro delas”.
O sexólogo lembra que a natureza possibilita ao corpo humano muitas variações em busca do
prazer sexual. “É claro que, para se fazer um 69, o casal deve se conhecer bastante. Os hábitos higiênicos são de primordial importância, já que ambos estarão literalmente de cara com a intimidade de cada um”, afirma ele, acrescentando que o corpo deve estar não só limpo, mas também clinicamente sadio. “Não devemos imaginar outro cheiro senão o natural do sexo. Há quem, por não estar excitado o suficiente, confunda o cheiro natural do corpo excretado pelas glândulas sexuais com ‘um mau cheiro’. E aí, não rola!”.
Relaxa e goza
Para Helio Felippe, o 69 é fruto de fantasias e, consequentemente, um facilitador do orgasmo. “Algumas pessoas não se sentem confortáveis por conta da posição ou mesmo pela inibição da exposição total e podem ter dificuldades em atingir o orgasmo”, afirma ele, sinalizando que pensamentos como ‘será que estou limpo(a) o suficiente?’ ou ‘será que ele(a) está vendo as minhas gordurinhas ?’ e até o medo de soltar gases podem comprometer a concentração no que se está fazendo.
“O mundo das fantasias e das possibilidades de prazer é enorme. O corpo todo deve ser explorado, não somente as zonas erógenas”, afirma Hélio, lembrando que, com criatividade, podemos explorar muitas regiões durante o 69 como o bumbum, as coxas e o ânus, que é extremamente vascularizado e dotado de erotismo em ambos os sexos. “Com tato e carinho, uma conversa pode abrir caminhos para novas experiências”, finaliza.
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