Pessoas LGBT reunidas

Gírias LGBT e seus significados: descubra todas

Você já se pegou ouvindo uma conversa super animada e de repente surge uma expressão que você nunca ouviu antes? Algo como “close errado”, “montação”, “passada!”… E aí bate aquela curiosidade, né? Pois é, o universo das gírias LGBT é um verdadeiro show à parte! Cheio de criatividade, história, resistência e, claro, muito bom humor.

No post de hoje, a gente preparou um guia completinho pra você entender o que cada expressão quer dizer, de onde veio e como usar sem pagar mico. Seja pra se conectar mais com a comunidade, curtir as festinhas ou simplesmente ampliar seu vocabulário, vem com a gente nessa leitura deliciosa!

Por que as gírias LGBT são tão importantes para a cultura e identidade?

As gírias LGBT são muito mais do que palavras ou expressões da moda — elas carregam um significado profundo para a cultura e a identidade da comunidade. Durante décadas (e até hoje, em muitos contextos), pessoas LGBT precisaram criar formas próprias de comunicação para se expressar com liberdade e segurança, muitas vezes em ambientes hostis.

Essas gírias surgiram como uma linguagem de resistência, um código que fortalecia laços e criava um senso de pertencimento. Elas ajudam a afirmar identidades, celebrar vivências e também a resistir aos preconceitos que muitas vezes tentam silenciar essas vozes.

Você é uma mulher que quer ganhar dinheiro extra ou está pensando em começar seu próprio negócio? Então, este guia é para você. “Começando a Revender: O Guia Completo para Iniciantes no Mundo do Empreendedorismo” é um caminho simples e claro para quem quer entrar no mundo das vendas.

Além disso, o uso das gírias LGBT é um jeito divertido, criativo e cheio de personalidade de expressar emoções, experiências e a vivência única dessa comunidade. Cada expressão carrega um pouquinho de história e contribui para manter viva a memória coletiva e a cultura LGBT. Elas funcionam como uma bandeira cultural, mostrando que aquela pessoa conhece, respeita e se identifica (ou simpatiza) com o movimento.

Gírias gays: expressões mais usadas e seus significados

Quando a gente fala de gírias LGBT, o universo das expressões gays merece um destaque à parte! Cheias de humor, vivacidade e identidade, essas gírias fazem parte da vida, da festa e da resistência da comunidade. Bora conhecer o que significa cada uma, de onde vem e como usar no dia a dia?

Urso

Urso é aquela gíria usada pra se referir a homens gays mais robustos, geralmente com pelos no corpo e barba. É um termo super carinhoso e de orgulho dentro da comunidade, quebrando o estereótipo de que só homens magros e sem pelos são valorizados. O termo nasceu nos Estados Unidos, dentro das subculturas gays dos anos 70 e 80, e hoje tem até grupos e encontros próprios chamados “Bear Community”.

Twink

Twink vem do inglês e significa um homem jovem, magro, geralmente imberbe (sem pelos) e com um jeitinho de menino. É aquela vibe de “carinha de novo” que muita gente acha irresistível. Também surgiu lá fora e se espalhou pelo mundo. Hoje, quando alguém diz “twink”, já sabemos que é alguém bem garotinho e todo fofo.

Poc

Poc (ou “pok”) é uma gíria super brasileira! Surgiu da brincadeira com a onomatopeia do som que um salto alto faz: “poc, poc, poc” — geralmente associado a gays afeminados ou que gostam de um close mais chamativo. Hoje a palavra é usada de forma leve e divertida, entre amigos, e até como uma forma de se autodefinir com orgulho.

Cacura

No contexto gay, “cacura” é usada para se referir, de forma bem-humorada e até carinhosa, a homens gays mais velhos. Pode ter um tom de brincadeira, mas também pode carregar um certo deboche ou ironia, dependendo da entonação e da intenção de quem fala.

Mana

Mana é quase um abraço em forma de palavra. É aquela forma carinhosa e íntima que a gente usa pra se referir a uma amiga ou amiga gay. Vem de “irmã”, e virou um jeitinho super popular dentro da comunidade pra se chamar. Super afetuosa e presente em todo canto: festas, internet, grupinhos…

Amapô

Amapô é uma gíria usada, de forma divertida e afeminada, pra se referir a uma mulher — seja cis ou trans. É tipo chamar de “gata”, “mona”, “boneca”, mas com aquele toque dramático, debochado e cheio de glitter que só a cultura queer sabe fazer!

Aqué

Aqué é uma gíria pra dinheiro, grana, bufunfa, aquele cascalho que a gente precisa pra pagar os boletos. Ela tem origem no iorubá “owó”, que significa dinheiro, e foi adaptada na cultura popular brasileira.

Close

Close vem da ideia de “dar um close”, ou seja, aparecer, chamar atenção, arrasar. Pode ser um elogio (pra quando alguém está impecável) ou uma crítica, tipo “close errado”, quando alguém tenta, mas não acerta. É uma gíria super flexível e amada nas redes sociais.

Bicha má

Bicha má é uma expressão bem humorada e irônica, pra aquela pessoa que tem língua afiada, sabe soltar uma boa resposta ou uma “shade” (cutucada). É uma gíria que brinca com o estereótipo da gay que não leva desaforo pra casa e adora um bom comentário ácido — tudo, claro, de maneira divertida e sem maldade.

Gírias lésbicas: o que mais se ouve e o que significa

Assim como em outras partes da comunidade LGBT, as gírias lésbicas são um jeito todo especial de reforçar identidade, criar laços e se divertir entre amigas. Muitas dessas expressões nasceram da vivência cotidiana e da necessidade de se comunicar de forma única, com bom humor e muito orgulho. Vamos conhecer algumas das mais ouvidas por aí?

Rebuceteio

Rebuceteio é uma das gírias mais clássicas no meio sapatão. A palavra é uma mistura de “rebuliço” com “buceta”, e faz referência àquelas situações em que tudo fica confuso entre as meninas — ex, atual, ficante, amiga que já ficou com ex, amiga que é ficante da ex… Enfim, aquele verdadeiro rebuceteio! Uma gíria divertida que brinca com os dramas e confusões amorosas dentro da cena lésbica.

Caminhoneira

Caminhoneira foi uma gíria que surgiu lá atrás como um estereótipo de mulheres lésbicas que têm um estilo mais masculinizado, roupas mais largas, botas, jeans — o famoso “visual de caminhoneira”. Apesar de ter sido usada de forma pejorativa no passado, muitas lésbicas ressignificaram a palavra e hoje ela é usada com orgulho por algumas que se identificam com esse estilo ou apenas como uma piada entre amigas.

Brejo

Brejo é aquela gíria deliciosamente debochada e afetiva usada pra se referir a um grupo de lésbicas reunidas ou um lugar com alta concentração de mulheres lésbicas. Tipo assim: se tem muita sapatão no rolê, a galera já solta um “ihhh, virou brejo!”.

Viaduda

Viaduda é um termo carinhoso e divertido pra lésbicas que têm uma vibe bem próxima das gays, geralmente muito entrosadas no mundo gay, com um jeitinho mais espalhafatoso, falante, que ama um babado, uma festa. É como se fosse uma “sapatão viada”, daí o apelido “viaduda”. Brinca com o cruzamento dos universos gays e lésbicos com muito bom humor.

Monogata

Monogata vem da junção de “monogâmica” + “gata”, e é uma gíria usada pra lésbicas que curtem mesmo uma relação fechadinha, tradicional, de duas pessoas só. Enquanto muita gente explora relações abertas e outras formas de se relacionar, a monogata é aquela que prefere um namoro exclusivo, no maior estilo “só eu e você”. É uma forma leve e carinhosa de se referir a esse jeitinho de amar.

Grupo de amigos LGBT

Gírias do universo bi: expressões comuns

Dentro do mundo LGBT, o universo bi também tem suas expressões e gírias próprias, cheias de significado e, muitas vezes, usadas para quebrar estereótipos ou reforçar vivências únicas. Afinal, a bissexualidade ainda é cercada de muitos mitos, e essas palavras ajudam a fortalecer a identidade e dar aquela pitadinha de humor nas conversas. Bora conhecer algumas?

Bi-curiosa

Bi-curiosa é uma gíria que se refere a pessoas, geralmente mulheres, que estão começando a explorar ou a se interessar por pessoas do mesmo gênero, mas ainda não se identificam como bissexuais assumidas. Às vezes, é alguém que está “experimentando”, sem saber se vai realmente se identificar como bi ou se foi apenas um momento. A gíria é super popular e, embora usada com leveza, também pode carregar um pouco de crítica, dependendo do tom, já que nem sempre é levada a sério.

Monossexual

Monossexual é uma palavra usada para se referir a pessoas que sentem atração sexual por apenas um gênero, ou seja, que não são bissexuais, pansexuais ou de outras orientações que envolvam múltiplos gêneros. Dentro da comunidade bi, às vezes a gíria aparece em debates e memes, geralmente pra destacar as diferenças de vivência entre quem é mono e quem é bi ou pan.

Bi-fake

Bi-fake é aquela gíria polêmica! Refere-se a pessoas que dizem ser bi por “modinha”, pra causar ou pra chamar atenção, sem realmente sentirem atração por mais de um gênero. É um termo usado com bastante cuidado, porque pode reforçar estereótipos que já existem contra bissexuais. Mas, quando usado entre pessoas que entendem o contexto, serve pra brincar com situações em que alguém finge ser bi só pra se enturmar ou pra se mostrar “descolada”.

Outras gírias usadas em toda a comunidade LGBTQIAPN+

Além das gírias específicas de cada letrinha da sigla, tem também aquelas expressões que todo mundo na comunidade LGBTQIAPN+ usa e adora! São palavras que vieram de vários cantinhos da cultura queer — como o universo drag, o ativismo, os memes — e hoje fazem parte do nosso vocabulário do dia a dia. Vem conferir:

Drag

Drag vem de “drag queen” (ou “drag king”) e se refere à arte de se montar com um visual exagerado, performático e super estiloso. É um espetáculo de maquiagem, figurino, cabelo, atitude e presença! A cultura drag é uma das maiores expressões da criatividade LGBTQIAPN+, cheia de história e significado. Ser drag é brincar com o gênero e com os estereótipos, colocando tudo isso em cena com muito humor e poder.

Shantay

Shantay (ou o famoso “Shantay, you stay”) vem do mundo do RuPaul’s Drag Race e da cena ballroom. É uma expressão que celebra a elegância, a performance impecável, o desfile com atitude. Quando alguém “shantay”, quer dizer que está arrasando, com classe, leveza e muito brilho. Virou um jeitinho chique de elogiar aquela amiga que está dando um verdadeiro show.

Lip sync

Lip sync é a arte da dublagem performática — um dos pilares da cultura drag. É quando a pessoa dubladora interpreta com expressão e presença uma música, fingindo que está cantando, geralmente com coreografia, emoção e muita entrega. No universo LGBT, fazer um lip sync perfeito é motivo de orgulho e é a alma de muitas festas e competições.

Lacrou

Lacrou é aquela gíria pra dizer que alguém fez tudo certo, arrasou, entregou tudo, sem defeitos! Pode ser pra elogiar um look, uma fala, uma atitude, uma performance. Se a pessoa “lacrou”, é porque brilhou e deixou todo mundo de boca aberta. Super comum nas redes sociais e no dia a dia da comunidade.

Militou

Militou vem de “militância” e é uma gíria que brinca com os discursos de luta por direitos, causas sociais e representatividade. Quando alguém “milita” ou “militou”, quer dizer que falou algo super consciente, empoderado ou fez um discurso importante. Às vezes é usado de forma séria, às vezes de modo irônico ou bem-humorado pra aquelas situações em que a amiga solta um textão do nada.

Aquendar

Aquendar também conhecido como tucking, é uma prática usada por travestis, drag queens, mulheres trans e crossdressers pra esconder o órgão genital. Mas olha, não é só estética, não. Aquendar é, muitas vezes, um ato de afirmação, identidade e até sobrevivência.

E aí, curtiu esse mergulho no universo das gírias LGBT? Como deu pra ver, essas expressões vão muito além das palavras — elas contam histórias, reforçam identidades e criam pontes dentro da comunidade. Agora que você já sabe o significado de várias delas, que tal começar a usar no dia a dia e compartilhar com as amigas? Ah, e claro: o mais importante é sempre respeitar e valorizar a riqueza dessa cultura incrível.

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