mulher segurando pílula do dia seguinte

Como a pílula do dia seguinte age no organismo?

A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência usado para prevenir uma gravidez indesejada após uma relação sexual desprotegida. Sua principal função é impedir a ovulação, reduzindo as chances de uma fecundação. Ela é indicada para situações em que o método contraceptivo habitual falhou ou quando nenhum método foi utilizado.

Mesmo sendo bastante popular, a pílula do dia seguinte gera muitas dúvidas sobre seu uso e como ela age no organismo. Para te ajudar a se prevenir e entender melhor, selecionamos todas as informações necessárias.

A menstruação pode sofrer alterações após a ingestão da pílula?

Sim, a pílula pode causar alterações na menstruação da mulher, mas não é uma regra, pode ou não acontecer. Dependendo do período que você tomar pode até adiantar a menstruação.

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Em outro período do mês, pode causar um sangramento amarronzado, escurecido como se fosse o final de sangue menstrual ou borra de café, ele pode persistir ao decorrer do mês e não é motivo para se preocupar já que costuma parar sozinho.

Caso mesmo com o uso da pílula a menstruação atrase, recomenda-se fazer um teste de gravidez.

Quais são os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte? 

Vamos explorar rapidamente os possíveis efeitos colaterais da pílula do dia seguinte e entender o que é importante considerar antes de usá-la em momentos críticos. Entre os sintomas, estão:

Náuseas e vômitos:

Muitas pessoas experimentam náuseas após tomar a pílula do dia seguinte. Isso ocorre devido às mudanças hormonais repentinas no corpo. Para minimizar esse efeito, é recomendável tomar a pílula com alimentos e, se necessário, usar medicamentos antieméticos, conforme orientação médica.

Mudanças no ciclo menstrual:

A pílula do dia seguinte pode alterar o ciclo menstrual normal. Isso pode incluir atrasos ou adiantamentos no período menstrual, bem como sangramento mais leve ou mais intenso. Geralmente, essas mudanças são temporárias e não indicam problemas graves.

Fadiga:

Sentir-se mais cansado do que o habitual é outro efeito colateral relatado. Isso ocorre devido à interferência nos hormônios do corpo. Descansar e manter-se hidratado podem ajudar a aliviar a fadiga.

Tonturas e dores de cabeça:

Algumas pessoas podem experimentar tonturas ou dores de cabeça após usar a pílula do dia seguinte. Isso ocorre devido às alterações hormonais e à desidratação associada à náusea. Descansar e beber água são medidas recomendadas.

Sensibilidade nos seios:

A sensibilidade nos seios é outro efeito colateral comum. Isso ocorre porque a pílula pode causar flutuações hormonais que afetam a mama. Usar sutiãs confortáveis e evitar tocar nos seios excessivamente pode ajudar a aliviar esse desconforto.

Os sintomas costumam durar por um mês após o uso da pílula, mas em caso de uso frequente ou contínuo – o que não é recomendado – sintomas emocionais também podem acontecer.

“A indicação é reservada a situações especiais ou de exceção, com o objetivo de prevenir uma gestação inoportuna ou indesejada”

Ministério da Saúde

Como ter certeza se o método funcionou?

De acordo com a recomendação, a pílula deve ser ingerida até 72 horas depois da relação sexual desprotegida, porém quanto mais rápido tomar, maiores são as chances de sucesso (88% de eficácia nas primeiras 24 horas). Vale lembrar, no entanto, que, assim como todos os tipos de contraceptivo, ela não é 100% eficaz.

Dessa forma, para ter certeza que o método funcionou e a concepção não aconteceu, faça um teste de gravidez.

O que pode cortar o efeito da pílula?

  • Vômito até duas horas após a ingestão da pílula;
  • Medicamentos que aceleram o funcionamento do fígado;
  • Medicamentos anticonvulsivantes.

A pílula vai prevenir a gravidez pelo resto do mês? 

A pílula tem como função única e principal prevenir que a gravidez ocorra após uma relação desprotegida, não tendo um efeito cumulativo. 

Sendo assim, para prevenção a longo prazo, recomenda-se o uso da camisinha, que também protege de infecções sexualmente transmissíveis, DIU, anticoncepcional ou outros métodos.

Caso você frequentemente esteja recorrendo à pílula, converse com seu médico para encontrar uma forma adequada e a longo prazo para se proteger de uma gravidez não planejada.

A pílula é abortiva?

Não. A pílula age evitando a ovulação, o que impede a fecundação e a preparação do endométrio para uma possível gravidez. Caso a gravidez já tenha se iniciado, a pílula não terá nenhum efeito.

Pode usar mais de uma pílula do dia seguinte no mesmo mês? 

Não. De acordo com o Ministério da Saúde, a pílula do dia seguinte deve ser usada apenas em casos de emergência, pois contém altas doses de hormônios que sobrecarregam o organismo para evitar uma gravidez. Além disso, seu uso frequente pode reduzir a eficácia.

Quando procurar ajuda médica?

É importante identificar quando os sintomas após o uso da pílula do dia seguinte merecem atenção. Dessa forma, listamos os principais:

  • Hemorragias intensas: Se você estiver enfrentando sangramento intenso que requer a troca de absorventes com frequência, isso pode ser motivo de preocupação;
  • Dor abdominal severa: Dor abdominal intensa e persistente precisa de atenção, pois pode indicar uma complicação que exige avaliação médica;
  • Sintomas de alergia: Se você desenvolver uma erupção cutânea, inchaço, coceira ou dificuldade para respirar após tomar a pílula do dia seguinte, isso pode ser uma reação alérgica e requer assistência médica imediata;
  • Efeitos colaterais persistentes: Se os efeitos colaterais persistirem por mais de alguns dias ou forem muito desconfortáveis, é aconselhável procurar um profissional de saúde para avaliação e orientação adicionais.

É essencial se informar sobre esses efeitos antes de optar por usá-la como método de contracepção de emergência. Lembre-se de usar a pílula do dia seguinte apenas em situações de emergência e não como método regular. Sempre consulte um profissional de saúde para orientação personalizada sobre contracepção e saúde sexual.

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