O Que é Coito Interrompido? Como Funciona e Risco

O coito interrompido é uma das práticas mais populares entre casais que buscam evitar uma gravidez de forma natural e sem custos. Apesar de ser amplamente usado, é importante ficar atenta: ele não é tão eficaz quanto parece e pode trazer riscos que muitos desconhecem. Por isso, entender como o coito interrompido funciona, suas limitações e as alternativas disponíveis é essencial para evitar surpresas indesejadas e garantir uma relação mais segura.

O que é coito interrompido?

Quando falamos sobre coito interrompido, estamos nos referindo ao ato em que o homem retira o pênis da vagina antes de ejacular. Ele faz isso ao perceber que está prestes a gozar, tentando evitar a gravidez. Porém, vários estudos já mostraram que esse método, apesar de considerado um “contraceptivo”, falha para muitas pessoas. Mesmo sendo uma opção que não exige gastos com pílulas ou preservativos, o resultado pode ser o oposto do esperado.

Quais são os riscos do coito interrompido?

Já sabemos o que é o coito interrompido, mas você conhece os riscos associados a essa prática? Pesquisas apontam que o coito interrompido possui uma eficácia teórica de aproximadamente 78% na prevenção da gravidez. Ou seja, a cada 100 mulheres que praticam o coito interrompido, 22 podem engravidar.

Devemos falar também sobre uma questão que muitos acabam esquecendo: a possibilidade de contrair infecções sexualmente transmissíveis (as ISTs). Elas são o maior perigo para qualquer um que acaba fazendo sexo sem camisinha, com coito interrompido ou sem. Isso porque a camisinha, tanto masculina quanto feminina, é indispensável para proteger sua saúde em qualquer relação sexual.

A razão por trás disso é que a camisinha tem dupla proteção: ao mesmo tempo que ela te protege de doenças, também evita a gravidez. Assim você aproveita seu momento de prazer, sem nenhuma dor de cabeça!

Quais são os métodos contraceptivos mais indicados?

Como mencionado, o coito interrompido não é a opção mais recomendada. Mas quais métodos são comprovadamente seguros e indicados por especialistas? Além da camisinha, existe uma variedade de opções. Você pode escolher aquela que é mais fácil ou confortável para você. O importante é se proteger! Vamos entender quais são a seguir.

Camisinha

O mais indicado é que a camisinha seja utilizada durante todas as relações sexuais. Ela é uma mão na roda para quem quer se proteger porque é um contraceptivo que não possui contraindicações. Além disso, a camisinha também não tem nenhum efeito colateral. O único detalhe importante é notar se você ou seu parceiro possui algum tipo de alergia ao látex, que é o material das camisinhas. Mesmo assim, existem opções feitas de poliuretano, por exemplo.

Seu custo é bem baixo e, em alguns locais, ela pode até mesmo ser obtida de graça em postos de saúde. Além disso, a camisinha não exige acompanhamento médico para ser utilizada.

Esponja vaginal

Menos utilizado, porém bem eficaz, a esponja vaginal é um método anticoncepcional de barreira que é feito especialmente para mulheres. Ele tem uma lógica igual a um diafragma, pois cobre a entrada do útero. Porém, ao contrário da camisinha, ela não protege a mucosa da vagina. Ou seja, se o parceiro tiver alguma IST, é possível que você ainda contraia.

Essa esponja já vem com espermicida e precisa ser molhada antes de introduzir na vagina. Vale dizer que ela não pode ser tirada logo após a relação. Você precisa tirar a esponja apenas 6 horas depois, mas ela pode permanecer lá por até 30 horas, caso queira ter certeza do método. Além disso, não é preciso trocar a esponja caso você tenha mais de uma relação no mesmo dia.

Espermicida

Essa é uma opção válida, mas que precisa ser usado com outro método complementar, como a camisinha. O espermicida também é um método de barreira, nesse caso é um químico que evita a chegada dos espermatozoides até o útero da mulher. Esse método é encontrado em forma de gel, espuma, creme e até supositório. A aplicação é bem simples, sendo igual à maioria dos géis vaginais que as mulheres usam.

Porém, ele precisa ser aplicado entre 10 e 30 minutos antes da relação e não deve ser retirado por 6 a 8 horas. Se a relação durar mais de uma hora, a eficácia pode diminuir. Além disso, a flora vaginal não tende a ser afetada por esse método. Mas a irritação vaginal não é incomum, por isso, muitas mulheres não gostam desse método.

Pílula anticoncepcional

Junto da camisinha, a pílula é um dos métodos mais seguros e também mais indicados por médicos. Se você tomar a pílula corretamente, esse método inibe a ovulação de forma eficaz. Porém, se faltar disciplina e você esquecer de tomá-la, é comum que ela falhe. Além disso, você só deve usar esse método com orientação médica. Apesar de ser um dos melhores, é uma das opções que mais possui efeitos colaterais.

Ela pode causar efeitos como náuseas, ganho de peso e alterações hormonais. Também pode ocorrer o escape, que é o sangramento durante um certo período, normalmente durante as primeiras semanas de uso. No entanto, existem os efeitos mais graves, que são menos comuns. Um deles seria o aumento do risco de trombose, especialmente em fumantes ou mulheres acima dos 35 anos.

Por isso, é necessário evitar a pílula nos seguintes casos:

• Mulheres com histórico de trombose ou doenças cardiovasculares;
• Quem tem enxaquecas com aura (enxaqueca com alteração na percepção visual);
• Fumantes acima de 35 anos;
• Quem possui problemas de fígado.

A pílula é um dos métodos mais eficazes, mas precisa ser recomendado para você. É importante falar com seu médico!

Minipílula

Uma opção para quem se preocupa com os efeitos da pílula comum é a minipílula. Ela inibe a ovulação, mas também provoca um espessamento do muco cervical. Ou seja, os espermatozoides não conseguem chegar ao seu ‘destino’. Essa pílula funciona praticamente da mesma forma que a pílula comum, mas há uma questão importante sobre ela.

Esse método requer uma atenção muito grande, porque ela deve ser tomada todo dia no mesmo horário. Um atraso de apenas algumas horas já pode tirar a eficácia desse método.

Pílula do dia seguinte

Se você precisar de uma solução emergencial, a pílula do dia seguinte pode ser uma aliada. Esse método atende a situações específicas, como falhas de outros métodos, e você deve usá-lo o mais rápido possível após a relação sexual, respeitando o prazo máximo de 72 horas. Apesar de ser útil em emergências, você não deve utilizá-lo regularmente, já que ele contém altas doses de hormônios que podem provocar reações adversas.

Adesivo anticoncepcional

Para aquelas que preferem não tomar pílulas, o adesivo é uma opção ótima, que também é bem melhor que o coito interrompido. É necessário aplicar esse método, conhecido como Evra, diretamente na pele, podendo colocá-lo nos braços, nádegas, costas ou abdômen. Ele se destaca pela praticidade e pela liberação gradual de hormônios, tornando-se uma escolha popular entre muitas mulheres. Por ser um dos mais práticos de aplicar, é um favorito de muita gente.

Agora que você já conhece o que é o coito interrompido, seus riscos e algumas alternativas contraceptivas, é hora de refletir sobre a importância de escolher o método que melhor se adapta à sua realidade e necessidade. Lembre-se de que conversar com um profissional de saúde é essencial para tomar uma decisão informada e segura. Afinal, sua saúde e bem-estar devem ser sempre prioridade.

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