A Noite em Que Ela Me Devorou [Conto Erótico Lésbico]

Eu saí de casa com a intenção de esquecer o mundo. Calça colada, blusa que mostrava só o suficiente, batom vermelho e zero paciência. Entrei naquele barzinho no centro só querendo uma cerveja gelada e um pouco de música. Mas aí eu vi ela.

Encostada na parede, drink na mão, perna cruzada e um olhar que parecia me despir de longe. A blusa marcava os peitos de um jeito indecente. Quando nossos olhos se encontraram, senti o calor subir. Ela mordeu o lábio. Eu sorri. E foi aí que soube que ia acabar nua naquela noite.

Ela veio até mim com um andar lento, provocante, me encarando como se já soubesse que eu ia dizer “sim” pra tudo.

— Você é exatamente o que eu tava precisando hoje — ela falou, colando no meu ouvido.

— Então aproveita, antes que eu mude de ideia — respondi, já sentindo a pele arrepiar com o hálito quente dela no meu pescoço.

Não teve muito papo. A gente trocou meia dúzia de frases, alguns toques disfarçados e uma tensão que dava pra cortar com a unha. Quando ela disse “bora?”, eu já tava com a chave do quarto na mão.

No elevador, ela me prensou na parede, passou a língua no meu pescoço e apertou minha bunda com uma força que me fez gemer baixinho. Chegamos no quarto quase rasgando a roupa uma da outra. Quando vi, já tava sem sutiã, com ela me chupando o mamilo como se fosse a última coisa que faria na vida.

— Você tem gosto de pecado — ela sussurrou, descendo os beijos até o meu umbigo.

Eu abri as pernas na hora. Ela ajoelhou na beirada da cama, me olhou como quem vai se lambuzar, e começou a me chupar com vontade. Aquela língua sabia exatamente o que fazer. Lenta e depois rápida, profunda, molhada, insuportavelmente boa. Eu agarrava o lençol com força, rebolava na cara dela e gemia alto.

— Isso, continua… não para — eu implorava.

Gozei na boca dela tremendo, suada, arrepiada dos pés à cabeça. Mas ela não parou. Subiu por cima de mim, passou a mão nos meus seios e esfregou a boceta dela na minha, me deixando sentir a pele quente, o clitóris inchado, o tesão pulsando.

A gente se esfregava com força, gemendo juntas, gemendo alto, sem vergonha nenhuma. Os corpos molhados, grudados, a cama fazendo barulho, o quarto cheio de cheiro de sexo.

Depois, ela se deitou do meu lado, ainda sem fôlego, com o cabelo bagunçado e aquele sorriso sacana no rosto.

— Vai lembrar de mim amanhã? — ela perguntou, com a mão na minha coxa.

— Provavelmente vou lembrar cada vez que me tocar — respondi, puxando ela de novo por cima de mim.

Porque eu já sabia… a noite ainda ia longe.

A gente mal tinha dormido. O lençol já tava no chão, o quarto cheirava a sexo e nossos corpos ainda estavam suados, grudando um no outro. Eu nem sabia mais que horas eram. Só sabia que ela tava ali, do meu lado, passando a ponta dos dedos na minha barriga, como quem prepara o próximo ataque.

— Você já fez na frente do espelho? — ela perguntou com aquele olhar malicioso que já conhecia.

— Não… mas fiquei molhada só de você perguntar.

Ela riu, puxou minha mão e me levou pro banheiro. Acendeu só a luz do espelho, que deixava tudo com um brilho quente, quase cinematográfico. Eu me encostei na pia, nua, com os cabelos bagunçados, olhando meu reflexo — e o dela, atrás de mim, como uma sombra deliciosa prestes a me devorar de novo.

Ela colou no meu corpo por trás, passou a mão pelos meus seios, apertou meus mamilos já duros. Eu gemi, mordi o lábio, encostei minha bunda nela e senti que ela já tava pronta também. Ela me virou de leve, me fez abrir as pernas ali mesmo, de frente pro espelho.

— Quero ver a sua cara quando você gozar — ela sussurrou, ajoelhando atrás de mim.

E sem aviso, a língua quente dela deslizou entre minhas pernas. Eu me apoiei na pia, sentindo o calor subir de novo, sentindo cada lambida como se fosse a primeira. Ela me chupava com vontade, me olhando pelo espelho, me provocando com os olhos. Enfiou dois dedos devagar, depois acelerou, enquanto a língua brincava no meu clitóris como se fosse feita pra isso.

Eu tava completamente entregue.

— Olha pra mim — ela disse.

E eu olhei. Vi meu corpo rebolando na cara dela, vi meu rosto contorcendo de prazer, vi minha boca aberta gemendo sem pudor. Gozei com a cabeça jogada pra trás, as pernas bambas, o espelho embaçado com o nosso calor.

Mas ela não parou.

Levantou, me virou de frente e me beijou, me fazendo provar meu próprio gosto na boca dela. Me sentou em cima da pia e se encaixou de frente, esfregando a boceta dela na minha. A gente se segurava com força, gemendo juntas, o banheiro inteiro tremendo com o movimento dos nossos corpos.

Foi selvagem. Molhado. Sincero. Tão gostoso que eu senti as pernas falharem quando gozei de novo, agora abraçada nela, com a testa encostada na dela e o coração disparado.

A gente riu. Cansadas, satisfeitas, mas ainda com aquele fogo no olhar.

— Você é viciada mesmo, né? — ela brincou.

— Sou. E agora eu quero fazer isso em cima da poltrona, na janela, no corredor… onde mais der.

Ela lambeu os lábios e respondeu:

— Então se prepara, porque ainda tem muito chão pela frente.

Aquela noite virou dias, noites, madrugadas. Cada toque dela era um convite pra perder o juízo de novo, cada gemido, um vício que eu não queria largar. A gente se explorava sem pressa, sem regras, como se o mundo lá fora tivesse pausado só pra ver até onde o nosso desejo podia ir. 

E ali, entre lençóis bagunçados, espelhos embaçados e corpos entrelaçados, eu entendi: tem encontros que não são só de pele — são de alma suada, boca faminta e vontade crua de ficar até o último arrepio.

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